Torradas de mel com golos pequenos de chá na varanda de casa, terras de Espanha ao fundo, e o seu corpo quente ainda na memória.
«Esquece-te de tudo.» dizia. «Fica só com o sabor quente do chá e os olhos a piscarem da luz demasiado intensa. Deita pela varanda fora tudo o que tens trazido agarrado a ti: pequenas falhas, anseios, desejos vagos, o livro por escrever.»
Fecho os olhos e ao tocar no chá quente com os lábios concentro-me unicamente num rasto do seu corpo ainda quente nos meus dedos. O amor nada tem a ver com a mentira ou a verdade, eu aprendi. O que o amor muito grande faz é enlouquecer e eu já enlouqueci.
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