segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Meu querido estendal


Procuro alarme para instalar no meu estendal! Sim é isso mesmo!
O meu estendal foi assaltado... A meio da noite, alguma sra mais friorenta e com muito bom gosto por sinal,escolheu a minha roupinha para se agasalhar... Fiquei preocupada uma vez que a roupa não estava bem seca e a senhora ainda corre o risco de se constipar... Andar com a roupa molhada com este frio não dá saúde! Mas ela que faça bom proveito. Eu estou a pensar colocar um alarme da prossegur no meu estendal ou então comprar uma maquina de secar...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Todos os dias deviam ser assim



Estranho estado de espirito este...
Ter vontade de passear pela rua de sorriso na cara, ter vontade de abraçar os amigos, de acarinhar a familia e querer fazer tudo num só dia.
Estranho?
Deveria ser sempre assim...
A má vontade, a cara do "toda a gente me deve e ninguém me paga", a cara sisuda em nada nos ajuda a resolver problemas. Já o sorriso... Obrigado a todos os que me fazem sorrir! ;)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ontem foi assim...

Apesar de curto foi um concerto com boas vibrações


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.


Hoje acordei com esta música na cabeça...

É altura de mudanças, de crescer. De rir do que passou e sorrir para o futuro. Acreditar que tudo pode ser diferente e que isso apenas de nós depende.
Porque por vezes mudar é tão simples... começa apenas por sermos nós próprios.
Porque é importante deixarmos de "espreitar" para o mundo e passarmos a verdadeiramente participar nele.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Breve Sentimento do Eterno



Nos últimos tempos tenho me deliciado com os poemas do Nuno Júdice. No sabado finalmente comprei o seu ultimo livro "O Breve Sentimento do Eterno".
Deixo aqui no meu espacinho um dos poemas do livro. Espero que gostem.

Meteorologia

"De manhã, chegaram as nuvens. Atrás
dela veio a chuva. Com a chuva,
apareceu a melancolia. Da melancolia,
nasceu a tristeza. Com a trsiteza, foi-se a manhã.

E a tarde veio á tarde. O céu
desceu do céu. As nuvens correram
para as nuvens. A chuva trouxe
mais chuva. A tristeza ficou mais triste.

Isto foi porque a manhã se fez tarde
a tarde tardou à tarde, as nuvens
enevoaram o céu, e o céu entristeceu

Com a melancolia a manhã entardece
Não é preciso chuva; podem passar as nuvens
O que é triste é para ser. Acontece.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

cá dentro



Tenho um buraco aberto no lugar do coração.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A sangue e fogo




Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Pablo Neruda